EU QUERIA SER Eu queria ser a Vida, para fazer nascer os que estão morrendo... Eu queria ser o Sol, para fazer brilhar os que não possuem luz... Eu queria ser a Luz, para iluminar os que vivem na escuridão... Eu queria ser a Chuva, para correr toda a terra, molhar os campos secos e devastados... Eu queria ser as Lágrimas, para fazer chorar os corações insensíveis... Eu queria ser a Voz, para fazer falar os que sempre se ocultam... Eu queria ser o Canto, para alegrar os que vivem na tristeza... Eu queria ser o Luar, para brilhar na noite dos amores incompreendidos... Eu queria ser a Flor, para enfeitar os jardins no outono... Eu queria ser o Silêncio, para fazer calar as vozes que atordoam o coração do homem... Eu queria ser os Sinos, para repicar nos Natais dos que possuem recordação amarga... Eu queria ser a Dor, para amargar no peito dos infiéis... Eu queria ser o Grito, para gritar a dor dos que sofrem no silêncio... Eu queria ser os Olhos, para fazer enxergar os cegos de Verdade... Eu queria ser o Sorriso, para encantar os lábios dos amargurados... Eu queria ser o Sonho, para colorir o sono dos realistas petrificados... Eu queria ser o Amanhecer, para fazer um dia a mais de felicidade sobre a Terra... Eu queria ser a Noite, para acalentar os que lutam durante o dia... Eu queria ser o Amor, para unir as pessoas. E lhes dizer que sou apenas uma delas... Dia Internacional do Amor -- 14 de fevereiro. Padre Jacinto Bergmann PONTINHOS 317 p63.